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  • Você conhece os benefícios da podologia?

    Unha encravada, calo, verruga, frieira e coceira. Quem nunca teve algum desses incômodos ou pequenos problemas? A podologia é uma ciência que estuda profundamente os pés e está cada vez mais em destaque. Hoje várias clínicas e vários institutos de beleza têm investido bastante no ramo. Os pés são plataformas que nos suportam e se movimentam nos possibilitando ir, vir, pular, chutar, correr, saltar, dançar, dentre tantas outras atividades diárias. Eles entram em contato com texturas, temperatura e tudo o que envolve nossa sensibilidade tátil. Assim, os pés estão vulneráveis ao meio, reagindo às adversidades e causando alterações como alguns males. Para manter o bem-estar dos pés é que existe a podologia. Ela trata desde a pele e a estrutura óssea até como prevenir e cuidar de doenças. É uma área que também esclarece quanto à postura dos pés e quanto às questões de higiene. A podologia abrange várias áreas, como dermatopodologia (alterações da pele e unhas), podopediatria, podogeriatria, podologia em pé de risco (pé diabético), podologia laboral (tratamento do pé associado à rotina laboral do trabalhador) e podologia desportiva (tratamento dos pés dos desportistas). Uma das principais queixas nos consultórios é a rachadura dos pés. De acordo com a podóloga Tereza Cristina Sales, da Clínica Atelier da Saúde, o aparecimento de rachaduras acontece por partes e tem vários motivos. “Defeitos ortopédicos, hereditariedade, alterações climáticas, consequências de psoríase, diabetes, doenças vasculares, micoses, agressões químicas, andar descalço e uso de calçados abertos nos calcanhares como as sandálias são as principais causas para o aparecimento de rachaduras”, explica. Ela alerta também sobre as fissuras nos calcanhares por longo período: “A fissura calcânea intensa, por um longo tempo, pode ser sinal de doença e tem de ser avaliada. Dependendo do prognóstico, a pessoa é encaminhada a um médico especialista para avaliação.” Outra queixa bem comum é a unha encravada, ou seja, quando a borda da unha cresce e entra na pele do dedo. Pode haver dor, vermelhidão e inchaço ao redor do local. Segundo a podóloga Ângela Miramar, do consultório Ângela Miramar, podem haver várias causas. “Calçados inadequados, corte incorreto das unhas, micose de unha, dentre outras”, destaca. Ela relata ainda que, nos últimos anos, a procura por podó- logos pelo público masculino aumentou. “O preconceito masculino caiu muito. Existem muitos homens que me procuram devido a alguma lesão, principalmente jogando bola, ou até mesmo pelo uso de calçados inadequados como sapato social de bico fino, que pode causar dores, cravos, calos e/ou deformidades nas unhas”, explica. Alguns podólogos trabalham com o laser. De acordo com Ângela Miramar, o laser tem efeito anti-inflamatório, analgésico, cicatrizante e antimicótico. “O laser deve ser aplicado em micoses, unhas frágeis e inflamadas, com pouco crescimento, feridas, fissuras e verrugas. Mas é extremamente necessário que o podólogo faça o uso de todos os meios de biossegurança, como desinfecção e esterilização em autoclave dos materiais não descartáveis”, explica. Mas é preciso que o paciente também seja consciente e faça o tratamento de maneira correta. “Quem recebe o atendimento é o principal responsável pelo tratamento, por isso ele deve ser bem assistido e orientado, devendo seguir as orientações corretamente para que não haja dificuldade ou retardo no trabalho”, orienta a podóloga Tereza Cristina. Se você, leitor, procura algum tratamento especial para os seus pés, entre em contato com um podólogo, com formação técnica, em um ambiente com todos os requisitos de higiene, esterilização dos materiais e equipamento adequado

  • A influência do sono na qualidade de vida

    Em um mundo em que a rotina diária demanda tempo, energia e flexibilidade, muitas pessoas acabam deixando os cuidados com o sono de lado. Segundo a Organização Mundial de Saúde, 40% da população mundial dormem mal. Essa dificuldade de ter um sono de qualidade ocorre devido aos chamados distúrbios do sono, os mais comuns são a apneia do sono, a insônia e a síndrome das pernas inquietas. O neurologista e médico do sono, Rogério Beato, aponta que muitos se esquecem que o sono é de extrema importância para manter a qualidade de vida. “O sono é muito importante para o funcionamento do corpo como um todo. Ele ajuda a regular os hormônios e é extremamente determinante para a questão psicológica. É no sono que assimilamos tudo o que foi aprendido durante o dia e processamos informações relevantes para nossa vida”, ressalta. Beato explica que a má qualidade do sono está diretamente ligada aos hábitos diários. “Comer ou consumir bebidas alco- ólicas logo antes de ir dormir não é bom. A pessoa pode até pegar no sono rápido, mas vai ter problemas no segundo e terceiro estágio do sono, com uma atividade cerebral ruim. As atividades físicas também deixam a pessoa agitada, o que interfere negativamente no sono. O ideal é ficar de duas a três horas desperto após qualquer atividade e antes de se deitar e dormir”, explica. Além disso, o especialista ressalta a influência do ambiente do local do sono e a questão dos aparelhos luminosos. “A qualidade do sono está muito ligada também ao ambiente, que deve ser favorável ao descanso, sem barulho e sem luminosidade”, destaca. Segundo Beato, não é recomendada a utilização de smartphones no período reservado para o sono, pois o aparelho deixa a pessoa desperta. Ele explica que essas luzes criam uma excitação que inibe o lançamento noturno da melatonina, hormônio responsável por produzir o sono. Disciplina Para reverter esse quadro, é preciso ter um maior cuidado com o período do sono. O Ministério da Saúde recomenda chegar em casa pelo menos três horas antes de dormir e dedicar-se a um período de relaxamento para condicionar o corpo e a mente para uma noite de sono melhor. Deve-se, nesse período, ter uma alimentação leve. Além disso, é indicado não utilizar a cama para se alimentar, ler, assistir televisão. É recomendado ainda ter um horário regular para se deitar e levantar. Sobre o tempo ideal para o sono, Beato explica que é preciso descobrir com quantas horas o corpo demonstra estar descansado. “Em média o tempo ideal de sono é de oito horas, mas isso é muito relativo, vai de cada um. Existem pessoas que estarão plenamente satisfeitas com cinco horas de sono e outros vão precisar de mais, chegando até a 10 ou 11 horas. Não há uma regra”, destaca. É preciso, sobretudo, estar atento à rotina diária e à qualidade do sono. Caso o sono esteja ruim, é necessário mudar a rotina. Em casos específicos como a apneia do sono e a síndrome das pernas inquietas, é recomendável procurar o médico para o tratamento. O QUE FAZER PARA DORMIR MELHOR • Estabeleça um ritual de relaxamento antes de dormir; • Se não pegar no sono após 15 ou 30 minutos, levante-se e vá para outro recinto ler. Evite assistir televisão, principalmente programas que despertam adrenalina; • Evitar o consumo de alimentos como chá preto, café, bebidas do tipo cola ou guaraná e bebidas alcoólicas e comer muito próximo ao horário de dormir; • Não realizar exercícios intensos próximo ao horário de dormir. Manter as regras inclusive nos finais de semana; • Ao acordar, deixe a luz do sol entrar em seu quarto; • Os sons, a luminosidade e a temperatura podem interferir na qualidade do sono. O corpo humano precisa de uma temperatura agradável e de um ambiente silencioso, com o mínimo de iluminação, para um bom sono; • Durma apenas o tempo suficiente para se sentir bem. Ficar na cama mais do que o necessário pode fragmentar ou superficializar o sono da noite seguinte.

  • Estresse: uma consequência da modernidade

    Rotinas cada vez mais corridas, trânsito caótico e preços em alta são alguns dentre vários fatores que tornam o estresse comum no dia a dia da população brasileira. E esse cotidiano estressante leva as pessoas a estarem sob condições constantes de pressão, cansaço e tensão. O estresse nada mais é do que um mecanismo de defesa do próprio corpo. É um distúrbio que pode se manifestar de formas físicas e emocionais, sempre que há um desequilíbrio no organismo, e tem levado uma boa parcela da população aos consultórios mé- dicos. A psiquiatra Rúbia Barbosa Barroso afirma que o estresse em si não é uma doença. Segundo ela, o estresse pode ser bom até certo ponto, pois produz alguma ansiedade que possibilita a busca por proteção, para cumprir tarefas, para fazer mudan- ças e para reagir a situações maléficas. “O problema é o excesso dele, que produz ansiedade e acaba por nos adoecer. Ansiedade, tristeza e culpa são emoções que afetam o sistema imunológico do corpo e diminuem suas defesas para combater agentes de adoecimento, o que propicia aparecimento ou piora de doenças. Não há uma idade certa para se tê-lo, pois podemos sofrer choques emocionais em qualquer momento da vida, porém as pessoas muito ansiosas são mais propícias a sofrerem com o estresse”, explica. Ela ressalta ainda que o estresse em jovens tem piorado devido à intensa busca por posição social e estabilidade no mercado de trabalho, abrindo mão de momentos de lazer e descanso. Consequências Cada pessoa reage de forma diferente a um determinado estímulo e essa reação depende também de diversos fatores, que podem, inclusive, interferir na vida pessoal ou no ambiente de trabalho do indivíduo. Hoje não só os adultos são vítimas do estresse. “Atualmente, devido à rotina com múltiplas atividades, as crianças cada vez mais novas vêm apresentando sinais de estresse”, destaca Silvana Texeira, fisioterapeuta e acupunturista. O estresse negativo propicia mau humor, nervosismo, desânimo, além de provocar um desequilí- brio hormonal. “Observa-se que as pessoas que sofrem desse transtorno são mais propícias a se relacionarem com o tabagismo, com o alcoolismo e com as drogas, como uma forma de alívio para situações angustiantes. Eles servem como anestésicos para os sentidos e dão a falsa sensação de que está tudo bem. Se existem dificuldades para lidar com as emoções, é de extrema importância buscar ajuda profissional, realizar psicoterapias e, em alguns casos, recorrer aos medicamentos ansiolíticos ou psicotrópicos, que agem para melhorar as síndromes de pânico e de ansiedade excessiva”, explica a médica Márcia Maria Barros Rezende, especialista em anatomia patológica. A realidade na qual vive a maioria dos brasileiros é de constantes transformações, em que é fundamental conciliar a flexibilidade, a tolerância e a adaptação. Nesse contexto, é necessário aceitar as mudanças e aprender a lidar com elas, sem deixar a mente limitada. A maneira como uma pessoa enfrenta os problemas influencia sua produção durante o trabalho ou nos estudos assim como em sua saúde. Buscar o equilíbrio físico e mental mantém o estresse longe de sua rotina.

  • Colesterol: onde está o risco?

    Quando conversamos com as pessoas sobre riscos, tipos e níveis de colesterol, percebemos muita desinformação. O fato é que elas devem estar atentas não só para evitar um infarto ou outras doenças cardíacas, mas principalmente para melhorar a qualidade de vida. As pessoas acreditam que o colesterol seja maléfico e não sabem o quanto ele é primordial para o funcionamento do corpo. O colesterol é o componente estrutural das membranas celulares em todo o corpo e está presente no cérebro, nervos, músculos, pele, fígado, intestinos e coração, produzindo vários hormônios, vitamina D e ácidos biliares que ajudam na digestão das gorduras. Para fazer bem, os níveis devem estar controlados. Em excesso, ele se deposita nas paredes das artérias, trazendo grandes prejuízos à saúde. “O colesterol alto é risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares. Se o depósito ocorrer nas artérias coronárias, pode ocorrer angina, que é a dor no peito, e infarto do miocárdio. Nas artérias cerebrais, provoca o derrame”, explica Suzete Mota, especialista em medicina esportiva. Existem dois tipos de colesterol, o HDL, “colesterol bom”, que ajuda a carregar o colesterol nas artérias e transportá-lo de volta ao fígado para ser expelido; e o LDL, “colesterol ruim”, leva o colesterol de células que mais produzem do que usam, para as células que mais necessitam. É considerado ruim pela relação existente do alto índice de LDL com doenças cardíacas. Mas é preciso ficar atento ao nível do HDL também, pois em nível baixo o risco de doença cardiovascular aumenta. O colesterol é vital, pois produz os hormônios esteroides que dão atividade ao organismo, entre eles estão: hormônios sexuais estrógeno e progesterona nas mulheres e testosterona nos homens; cortisol, que regula o açúcar no sangue e nos defende de infecções; e a aldosterona, que retém sal e água no organismo e produz vitamina D, responsável pela força dos ossos. Não fumar, fazer atividades físicas e evitar comer alimentos gordurosos combatem o alto colesterol. Essa é a melhor estratégia antes de apelar para remédios. O vilão é o excesso de alimentos ricos em gordura como ovos, bacon, pele de frango, manteiga, cremes, frituras e embutidos. Mas existem as gorduras boas. As insaturadas, que ajudam a diminuir o colesterol, mas por serem muito calóricas devem ser consumidas com cautela (oliva, soja, margarina, milho e girassol). O aumento do nível de colesterol no sangue não costuma ter sintomas. A única forma de avaliar é no exame de sangue. Pessoas com antecedentes familiares e acima de 20 anos devem fazer a dosagem periodicamente por toda a vida, além de ter cuidados com a alimentação e praticar exercícios físicos. Causas Para o clínico geral Ronald Farah, a tensão cotidiana é que nos provoca males. “Se você levar uma vida saudável e fizer uma atividade física não terá problema. Se uma pessoa enfarta logo perguntam: Comia muita gordura? Ninguém pergunta como era seu cotidiano, ou seja, sua vida familiar, no trabalho, financeira, etc.”, ressalta. Três causas aumentam o colesterol: alimentos gordurosos em demasia; doenças nos rins, hipotireoidismo e diabetes; e a genética ao observar o histórico familiar. Com relação a isso, o conhecido Dr. Dráuzio Varela explica bem em seu site: “Tive um doente de 64 anos que ingeria uma dúzia de ovos cozidos todos os dias, desde os 18 anos, e tinha colesterol total sempre abaixo de 150. Outros não podem sequer olhar para um vidro de maionese. Os genes que herdamos de nossos antepassados trazem com eles fatores de risco variáveis para doença cardiovascular”, relata. Ainda existe o fator do sexo: os homens têm maior risco do que as mulheres. Além disso, a idade também tem influência, pois o colesterol se eleva conforme ela avança, especialmente em homens a partir dos 45 anos e em mulheres na menopausa.

  • Dor de cabeça merece cuidados e pode ser sintoma de alguma doença

    Certamente qualquer pessoa do seu convívio já sentiu algum tipo de dor de cabeça. Talvez não haja no mundo quem nunca tenha tido esse problema após um dia agitado, resultado de uma jornada cheia de afazeres, tensões e estresse. A maioria toma um comprimido e tenta descansar ou até mesmo dormir para que a dor passe. Dores de cabeça são realmente terríveis, sendo algumas bem piores e mais doloridas. Essas dores dizem muito sobre uma pessoa. Podem indicar que você está fazendo algo que não é bom para a saúde do seu corpo ou ser um sinal de que algo mais sério possa estar acontecendo. Pode ser um sintoma de um distúrbio orgânico simples, uma doença série e complicada, ou simplesmente uma característica individual, como a cefaleia tensional ou a enxaqueca. Você saberia diferenciar uma simples cefaleia (dor de cabeça) de uma enxaqueca? Essa é uma dúvida comum para muitas pessoas. Segundo a Sociedade Brasileira de Cefaleia, 95% da população apresentarão algum tipo de dor de cabeça ao longo de sua vida. Cerca de 70% das mulheres e 50% dos homens apresentam pelo menos um episódio de cefaleia ao mês. A enxaqueca ocorre em até 20% das mulheres e um total de 13 milhões de brasileiros apresenta dor de cabeça pelo menos 15 dias por mês. Um número assustador. O especialista em medicina interna do Centro Médico Pampulha, Ronald Farah, explica que a cefaleia pode ser episódica ou um sintoma de outra doença. Segundo ele, existem três mil causas. “A dor de cabeça pode ocorre, por exemplo, quando a pessoa tem uma noite de sono mal dormida, quando exagera na bebida alcoólica, quando muda o fuso horário, quando leva um susto, quando tem hipertensão ou diabetes, entre outros sintomas. Quando o paciente fala que tem dor de cabeça, temos de investigar sistema por sistema e fazer uma anamnese. Existem diferentes tipos de dores de cabeça como a cefaleia tensional, que é fruto, como o próprio nome indica, de uma tensão”, explica. Enxaqueca A enxaqueca é apenas um dos tipos de dor de cabeça e manifesta-se mais nas mulheres (80%) do que nos homens (20%). Mas não a única; existem muitas outras. Para se ter uma ideia, a Sociedade Internacional de Cefaleia reconhece mais de 150 tipos de dores de cabeça diferentes. Algumas particularidades permitem, segundo Ronald Farah, distinguir clinicamente a enxaqueca de outras formas de cefaleia. “A enxaqueca tem um grupo de características importantes para um diagnóstico provável, mas que precisa ser investigado se, em 85% dos casos, a dor é predominantemente unilateral, frequente é descrita como latejante (pulsátil), na maioria das vezes. Além da dor, os pacientes costumam apresentar outros sintomas durante a crise de enxaqueca como a intolerância à luz (fotofobia), intolerância a ruídos (fonofobia) e escotomas visuais, em que o paciente enxerga manchas no campo visual compostas por pontos brilhantes”, informa. Alguns fatores podem ser desencadeantes: “Ingestão de bebidas alcoólicas em excesso, principalmente o vinho; achocolatados; causas hormonais, que muitas vezes é motivo de enxaqueca em mulheres; insônia; cafeína; entre outras. Muitas vezes a enxaqueca tem fator genético e as crises podem acontecer de uma hora para a outra”, comenta Ronald Farah. O tratamento é realizado com medicamentos específicos, chamados antienxaquecosos. “São sugeridos algumas práticas ainda não comprovadas através de um estudo dirigido como o yoga, a piscoterapia e os banhos relaxantes com água morna. A aplicação de botox pode ser utilizada no tratamento e sua eficácia é cientificamente comprovada. Não podemos esquecer ainda que pessoas bem-humoradas raramente têm enxaqueca”, pondera. Farah ainda alerta sobre a automedica- ção. “Isso prejudica o diagnóstico, pois ele vai mascarar uma possível doença. Quando a dor de cabeça é frequente, ela tem de ser investigada, pois podem ser muitas as causas e várias doenças que podem estar diretamente ligadas”, informa. Toda pessoa que sofre de crises persistentes de dores de cabeça deve consultar um neurologista para que se possa identificar a sua causa e eliminar os fatores de risco.

  • A importância da higiene bucal para a prevenção de doenças e manutenção do bem-estar

    Cuidar dos dentes não é apenas uma questão de estética,mas também de saúde. De acordo com a Federação Dentária Internacional (FDI), mais de 90% da população do mundo sofrerão algum tipo de doença dental em sua vida. De acordo com a American Dental Association (ADA), problemas bucais, como a doença crônica gengival (periodontite), podem acarretar males inclusive para o coração e os pulmões. A cirurgiã-dentista Luciana de Oliveira Lacerda confirma a informação: "Estudos científicos mostram que as bactérias bucais podem causar doenças no coração, pulmões, nas articulações e podem ainda estar relacionadas ao nascimento de bebês com baixo peso", esclarece. O dentista Alysson Leonardo Nunes Mello aconselha a população a se preocupar mais com a saúde bucal, pois os descuidos podem ocasionar numa gama de doenças. "A boca é a vitrine da saúde do corpo. Infelizmente, podemos colocar a saúde em risco se não visitarmos o dentista. A saúde bucal pode ter impacto sobre a saúde geral", enfatiza. A dentista e sócia-proprietária do Implante Sorriso, Raquel Alves Mesquita Araújo, completa dizendo que, por ser uma porta de entrada tão importante, a boca precisa estar sempre descontaminada. "Ela deve estar sempre protegida das bactérias patogênicas através da higiene bucal e da visita ao dentista. A saúde bucal tem muito a ver com a saúde em geral. Existem bactérias que habitam a flora bucal e se elas caírem na corrente sanguínea pode causar a endocardite bacteriana,uma doença grave", informa. Várias doenças apresentam os primeiros sintomas pela boca. "Essas lesões e problemas na gengiva podem ser causadas por doenças como herpes, Aids, leishmaniose, sífilis, tuberculose, candidíase generalizada, diabetes, câncer bucal, entre outras. Pela boca conseguimos avaliar a saúde do paciente em geral. O dentista deve avaliar o problema e indicar a visita a um médico específico", explica Raquel Alves. O cirugião-dentista Giancarlo Duenhas ainda ressalta que é possível detectar doenças através do hálito, gengiva, formato e desgaste dos dentes. "Por isso sempre ressaltamos que é importante a visita ao dentista regularmente. Recomendamos de seis em seis meses pelo menos, porque caso haja algum problema, certos diagnósticos terão mais eficácias num possível tratamento caso seja identificado o mais cedo possível". Cuidados Os cuidados diários básicos, como escovação, uso do fio dental e visita semestral ao dentista, são os principais responsá- veis pela manutenção da saúde bucal. "A escovação com creme dental deve ser feita diariamente utilizando ainda o fio dental. O enxaguante bucal é indicado apenas em certos casos, cabendo ao dentista a prescrição. A escovação tem de ser realizada três vezes ao dia e benfeita. A escova deve ser trocada assim que as cerdas se abrirem. Saber passar o fio dental é importante.Tem de entrar no sugo gengival de cada dente, seguindo a curvatura do mesmo", informa Raquel Alves. Para a cirurgiã-dentista Michelle Cristina Vieira Soares cada paciente tem uma particularidade. "Caso ele tenha um problema periodontal, o tempo da visita diminui. Eu ligo de seis em seis meses para os meus pacientes, que ficam satisfeitos com a lembrança. Além da limpeza no consultório e das visitas, é importante realizar, diariamente, a limpeza bucal em casa. A higienização deve ser feita corretamente, principalmente à noite, porque a salivação diminui. A saliva é uma proteção natural da boca", completa. A higienização bucal nas crianças requer cuidado redobrado, orientação e supervisão dos pais. "Eles devem monitorar e ser exemplos para os filhos na realização de uma boa higienização bucal. Nos primeiros meses de vida é importante sempre limpar com gases para retirar o resto de leite na língua, porque se torna um lixo bacteriano. Os pediatras também orientam os pais sobre esse cuidado. As crianças devem usar pasta com flúor acima de cinco anos e a quantidade da mesma na escova equivale a um grão de arroz cru e deve ser feita, pelo menos, após as principais refeições. É importante que a criança crie o hábito e tenha essa consciência da visita ao dentista.", orienta a cirugiã- dentista Juliana Dumont de Oliveira. Alimentação Muitos não sabem, mas ter uma dieta balanceada e nutritiva ajuda a manter tanto o corpo como a boca mais saudáveis. O grupo de alimentos composto de vegetais, frutas e cereais oferece benefícios. "A cenoura e a maçã são exemplos desses alimentos. Como são dugros, eles têm a capacidade de eliminar, durante a mastigação, os resíduos de outros alimentos que ficam na superfície dos dentes. Além disso, estimulam a salivação assim como a água", afirma Raquel Alves. Outra informação importante,segundo Juliana Dumont, é ter uma dieta com menos açúcar, especialmente para as crianças. "Temos casos de cárie de mamadeira que ocorre por falta de higienização após seu uso, mas também pelo açúcar que as mães adicionam ao leite", alerta. Os especialistas ressaltam que a prevenção ainda é a maneira mais econômica e menos dolorosa para manter o sorriso em dia. "Ficar muito tempo sem visitar o dentista pode acumular problemas e não detectar outros que muitas vezes estão ocultos. Algumas cáries só podem ser visualizadas como auxílio do raio-X. Se o paciente demorar a tratar pode ter incômodos como dores e buracos. Por isso sempre fazemos um radiografia para checar com mais precisão", comenta a cirurgiã-dentista Michelle Cristina Vieira Soares. A saúde bucal não era uma preocupa- ção para muitos brasileiros. Ainda falta conscientização, porém, o número de pessoas que visitam o dentista aumentou. "Foi-se o tempo em que as pessoas procuravam o dentista somente quando o dente doía. Atualmente, a maioria sabe da importância de manter a saúde bucal em dia", afirma Luciana de Oliveira. Os benefícios de cuidar bem dos dentes não resultam apenas em uma boa aparência. Várias doenças podem começar pela boca ou se manifestar por ela. Por isso é importante realizar as visitas semestrais ao seu dentista, fazer a higiene bucal diariamente e consumir alimentos ricos em fibras e água.

  • Consequências e perigos do refluxo

    O refluxo gastroesofágico é uma condição na qual o conteúdo do estômago (alimento ou líquido) vaza em direção contrária ao estômago para o esôfago (o tubo da boca ao estômago). Essa ação pode irritar o esôfago e provoca lesão, causando azia, dor e queimação no peito. A doença do refluxo causa frequentemente esofagite, que é uma inflamação no esôfago devido ao contato do líquido gástrico muito ácido no mesmo. Os alimentos mastigados na boca passam pela faringe, pelo esôfago (um tubo que desce pelo tórax na frente da coluna vertebral) e caem no estômago,situado no abdômen. Entre o esôfago e o estômago existe uma válvula (esfíncter) que se abre para dar passagem aos alimentos e se fecha imediatamente para impedir que o suco gástrico penetre no esôfago. Quando existe alguma fraqueza nessa região provocada por alterações funcionais do próprio músculo ou porque o diafragma (músculo que separa o tórax do abdômen) não consegue conter as estruturas que estão abaixo dele, o estômago sobe e forma uma protrusão chamada hérnia de hiato. Nesse caso, um líquido ácido escapa do estômago, atinge o esôfago e pode alcançar outros órgãos dos aparelhos digestivo e respiratório. Quase todas as pessoas já tiveram refluxo, sendo muito comum em grávidas e em bebês de até um ano de idade. Segundo a nutricionista Penélope Lacrisio dos Reis Menta, existe o refluxo fisiológico e o patológico. O primeiro ocorre naturalmente e não está associado a doenças. Já no patológico, temos a doença do refluxo gastroesofágico, onde a musculatura do esôfago, mais precisamente o já citado esfíncter esofágico inferior, perde tônus e, por consequência, sua capacidade de regular a volta do alimento e do suco gástrico para o esôfago. "Cerca de 30% da população já teve refluxo alguma vez, mas se o fisiológico for recorrente ele se torna patológico. O primeiro sintoma é a azia, podendo evoluir para uma regurgitação e tosse. Em casos mais graves pode haver uma infecção no esôfago e no pulmão,crises de asma e bronquite", explica. Penélope Menta ainda conta que o refluxo pode levar a outras doenças ligadas ao aparelho respiratório ou à cavidade oral. Ela comenta sobre a gravidade do quadro, caso haja uma evolução da doença. "Existem várias complicações ligadas ao refluxo. Os dentes podem perder a calcificação e surgir aftas e mauhálito. Com a evolução do quadro, a volta do conteúdo ácido do estômago para o esôfago vai lesando suas células, podendo gerar algumas úlceras. Na tentativa do organismo de recuperar essa mucosa danificada, de substituir um tecido por outro, ocorre uma troca de células chamada metaplasia. Essa substituição gera um outro quadro, o Esôfago de Barrett que, se não tratado, pode levar ao câncer de esôfago". Tratamento Para a nutricionista do Acompanhar (Unidade Jaraguá) Bruna Relvinhas Mazeo, o refluxo surge de alterações anatômicas do esôfago e está associado principalmente à questão dos hábitos alimentares e comportamentais. Neste sentido, devem ser evitados hábitos e alimentos que diminuem a pressão do esfíncter esofagiano inferior. "Devemos adotar uma dieta hipolipídiga, ou seja, baixa em gordura, além de evitar chá preto, chá mate, café, hortelã, molho de tomate, refrigerante, pimenta, cerveja, cigarro, entre outros alimentos que irritam a mucosa gástrica. Também devemos aumentar o fracionamento e reduzir o volume, ou seja, comer mais vezes ao dia e reduzir a quantidade para evitar a distensão abdominal e de preferência fazer as refeições em um ambiente mais tranqüilo e sem muito movimento. O hábito de deitar logo após a refeição também deve ser abolido", pondera. O refluxo tem cura, mas o esfíncter não volta ao que era antes. Por esta razão o paciente não deve se descuidar. Alguns alimentos estimulam a musculatura do esôfago, mas tudo depende da fase em que a doença foi diagnosticada e do paciente seguir ou não à risca o tratamento que lhe foi passado. "O tratamento vem a partir de uma anamnese (entrevista detalhada que o profissional da saúde faz com seu paciente), com o objetivo de diagnosticar a doença. Ele será através da dieta, medicamentoso e, em último caso, cirúrgico. Além disso, o excesso de peso é um fator muito importante, pois o acúmulo de gordura abdominal aumenta a pressão do estômago, favorecendo a volta do alimento. Muitas vezes uma pessoa obesa apresenta os sintomas do refluxo, mas esses mesmos sintomas desaparecem depois que ela emagrece e não é necessário nenhum tipo de medicamento. Somente a perda de peso e a mudança na alimentação já bastam", conclui Bruna Mazeo. Sintomas Queimação epigástrica e retroesternal, azia e regurgitação ácida Tratamento O tratamento inicial se dá através da dietoterapia, cirurgia ou ação medicamentosa O que deve ser feito Reduzir o volume e aumentar o fracionamento da dieta; Não ingerir líquidos nas principais refeições; Evitar alimentos que irritam a mucosa esofágica como pimenta do reino, hortelã, canela, menta; Evitar alimentos que contém cafeína e teobromina como refrigerantes de cola, café, chá preto,chocolate; Evitar alimentos gordurosos como fritura, feijoada,carnes gordas; Evitar bebidas alcóolicas e gaseificadas; Perda de peso. O que deve ser consumido (estimulam a musculatura do esôfago) Vegetais frescos; Verduras (de preferência cozidos); Frutas não cítricas como maçã, mamão, melão,melancia; Pães (incluindo os integrais), bolos, torradas,biscoitos (que não sejam doces) Ovo (cozido,poché). Recomendações Gerais Não comer antes de dormir (alimentar-se 2 a 3 horas antes); Não recostar ou deitar após a refeição; Manter a cabeceira da cama elevada; Evitar roupas apertadas; Realizar a refeição em ambiente calmo, tranquilo e sem pressa; Não fumar.

  • "Novembro Azul" conscientiza homens sobre câncer de próstata

    Depois da campanha "Outubro Rosa", realizado para conscientizar as mulheres sobre a importância da prevenção do câncer de mama, foi realizado, neste mês de novembro, a campanha "Novembro Azul", realizada pela Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) para alertar os homens sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de próstata através de exames preventivos. Dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca) informam que no ano passado foram identificados mais de 60 mil novos casos da doença. Segundo o Inca, no Brasil, o câncer de próstata é o segundo mais comum entre os homens, atrás apenas do câncer de pele. Em valores absolutos,é o sexto tipo mais comum no mundo e o mais prevalente em homens, representando 10% do total de cânceres. O instituto considera o câncer de próstata uma doença da terceira idade, porque cerca de três quartos dos casos no mundo surgem a partir dos 65 anos. A próstata é uma glândula presente nos homens, localizada abaixo da bexiga e à frente do reto. O câncer pode ser descoberto inicialmente no exame clínico, um toque retal, exame que enfrenta a resistência de muitos homens, combinado com o resultado de um exame no sangue. Quando descoberto no início, 90% dos casos de câncer de próstata são curáveis. Segundo Alex Vieira Franco, urologista do Centro Médico Pampulha e membro da SBU, não existem causas específicas para o aparecimento do câncer de próstata. Ele confirma que a probabilidade de cura é alta quando o câncer de próstata é descoberto na fase inicial. "No começo o câncer de próstata não costuma apresentar sintomas. Por isso é importante que os homens façam um controle anual, já que essa é uma doença silenciosa. Entre 40 e 45 anos de idade o ideal é fazer o exame de sangue (PSA).Após os 46 anos já é necessário realizar o exame físico,o toque retal", esclarece. Quando os sintomas começam a aparecer são parecidos com os do crescimento benigno da próstata: dificuldade de urinar e necessidade de urinar mais vezes durante o dia ou à noite. Na fase avançada, a doença pode provocar dor nos ossos, problemas para urinar e, quando mais grave, infecção generalizada ou insuficiência renal. O tratamento vai depender do estágio da doença. "Na fase inicial o ideal e mais comum é o tratamento através de cirurgia, onde é retirada toda a glândula" informa Alex Franco. Porém, em outros casos a cura pode acontecer com radioterapia,tratamento hormonal e algumas vezes apenas com a observação médica. Alex Franco acredita que os índices da doença têm diminuído porque os homens estão mais conscientes. "Infelizmente temos uma cultura machista, porém os homens têm nos procurado bastante. Percebo um aumento de casos em homens mais jovens. Eles não precisam ter receios,porque,quando detectado na fase precoce, a chance de cura é enorme",comenta. O "Novembro Azul" foi escolhido devido ao Dia Nacional de Combate ao Câncer de Próstata, comemorado no dia 17 de novembro. Qualquer dúvida ou esclarecimento procure o seu médico.

  • Conscientização e informação são fundamentais para a prevenção do câncer de mama

    Neste mês de outubro está sendo bastante divulgada a campanha popular internacional "Outubro Rosa", que reforça a luta contra o câncer de mama. Durante todo o mês é ressaltado, através de várias campanhas locais e mundiais, a importância do diagnóstico precoce e do tratamento qualificado de uma das doenças que mais atinge as mulheres em todo o mundo. De acordo com o INCA (Instituto Nacional de Câncer), a cada ano 52 mil novos casos da doença surgem no país e mil mulheres morrem mensalmente. Essa estatística pode ser revertida através do diagnóstico precoce da doença. De acordo com a Mastologista do Centro Médico Pampulha e do Sistema Único de Saúde da Prefeitura de Belo Horizonte, Paula Cristina Martins Soares, quando mais cedo o câncer de mama for diagnosticado maior o índice de cura. "Percebemos que existe certo temor das mulheres em fazer os testes e enfrentar a doença, mesmo sabendo da importância da mamografia. Muitas descobrem os nódulos, porém não procuram ajuda imediata, pois ficam com medo de ser câncer. Na verdade, a maioria das alterações na mama, através dos nódulos, são benignos", comenta. Segundo Paula Soares, a doença que mais mata mulheres no Brasil é o câncer de mama. "Em alguns casos isso ocorre porque ele é agressivo. Porém, na maior parte das vezes isso ocorre devido ao diagnóstico tardio. Com a demora ele pode se espalhar para outros órgãos do corpo. Por isso é importante o rastreamento mamógrafo a partir dos 40 anos. Muitas vezes a mulher descobre o nódulo através do exame de toque, porém com a mamografia é possível diagnosticar antes de o nódulo ser palpável. Por isso é importante o autoexame, a mamografia e o exame físico realizado pelo médico", explica. Mulheres com menos de 40 anos devem sempre procurar fazer o exame médico e o autoexame.A realização da mamografia nessa idade deve ser indicada para mulheres com risco aumentado, ou seja, que têm casos de parente de 1º grau que tiveram câncer antes dos 50 anos, ou caso de câncer de mama em homens, mulheres com câncer de ovário e câncer de mama bilateral nas duas mamas. Segundo Paula Soares, 90% dos diagnósticos de câncer de mama não têm relação com a genética. "As pessoas acreditam que o câncer de mama está relacionado somente à genética. Muitos usam isso como desculpa para não realizar a mamografia. Apenas 10% dos casos estão relacionados à genética" esclarece. Quanto mais velha é a mulher, maior a chance de ter o câncer de mama. Relação com a alimentação Os principais fatores de risco para o câncer de mama estão relacionados ao histórico familiar, obesidade, má alimentação, sedentarismo, tabagismo, entre outros. Os Estados Unidos têm o maior índice de diagnósticos de câncer de mama, que pode estar relacionado ao padrão de vida americano. "A alimentação está relacionada diretamente com o desenvolvimento de dois tipos de câncer: o de mama e do estômago", conta Paula Soares. A associação entre dieta e câncer de mama ainda está sendo estudada, porém podem estar relacionadas. Segundo a especialista em Terapia Nutricional do Acompanhar, Laila Pena, a alimentação é um fator importante, tanto no aparecimento, no tratamento e na prevenção do câncer em geral. "Nunca li nenhum texto científico sobre a relação do câncer de mama e alimentação, mas é do meu conhecimento vários textos científicos fazendo a relação do câncer em geral e da alimentação. Na prevenção é indicada uma alimentação rica em frutas e legumes, carboidratos complexos (chia, quinoa, granola) e o uso dos conhecidos antioxidantes, como a vitamina C presente na laranja. Não é indicado o uso de carnes gordas, frituras, biscoitos recheados, alto consumo de leite e seus derivados e de açúcar", comenta. Tratamento O tipo de tratamento para o câncer de mama ainda gera dúvida. Paula Soares comenta que o tratamento está relacionado ao estágio da doença. "Normalmente o tratamento inclui cirurgia, quimioterapia e radioterapia. A hormonioterapia é realizada em algumas pacientes depois dessa etapa do tratamento para evitar que o câncer volte", explica. Outro ponto relacionado com o tratamento é a retirada da mama. "Muitas mulheres têm medo da retirada da mama, porém nem sempre é necessário retirar a mama toda. Conseguimos retirar uma parte com uma margem de segurança. Fazer a retirada da mama e reconstru- ção com prótese de silicone no mesmo momento é importante. Os próprios mastologistas têm realizado o procedimento de cirurgia plástica", informa. Muitas pessoas perguntam se os homens podem ter câncer de mama. Paula Soares informa que sim, apesar de isto ser mais raro. "Acontece um caso em homens para cada 100 em mulheres. Essa questão está ligada aos hormônios e à anatomia", comenta. Ela completa, informando uma questão importante: "Os mamógrafos no Brasil são mal distribuí- dos. Em Belo Horizonte existe uma grande disponibilidade e o acesso pela Prefeitura é fácil. Muitas vezes sobram vagas. Nos últimos cinco anos a Prefeitura ampliou o número de mastologistas e o acesso à mamografia e à ultrassonografia". Para mais informações procure um mastologista ou uma ginecologista.

  • Depressão: um mal que acomete cada vez mais pessoas

    É cada vez mais comum encontrarmos em nosso círculo de amigos e parentes alguém que já sofreu ou sofre de uma das mais temidas doenças de fundo psíquico da atualidade: a depressão. Segundo a Organização Mundial de Saúde, esse mal afeta 350 milhões de pessoas das mais variadas idades, raças e classes sociais, podendo ocorrer de forma branda, mas também mais agressiva, chegando a prejudicar a vida da pessoa sob os mais variados aspectos. Independente da maneira e do motivo que a depressão surge, é importante entender que nem sempre os pensamentos negativos ou dias de tristeza que as pessoas têm em suas vidas chegam a constituir um quadro depressivo. É necessário atentar para o tempo de duração da tristeza, além de outros fatores que podem ser considerados agravantes da doença. Para o Dr.Ronald Farah, clínico e sexólogo que atualmente atende seus pacientes no Centro Médico Pampulha, a pessoa que entra em um quadro depressivo começa a se abster de prazeres, muitas vezes simples, que antes ela tinha. "A depressão é uma tristeza que nunca acaba", explica. A psicóloga Cláudia Lana reforça que além de se abster de prazeres a pessoa que está com depressão apresenta outros sintomas, como humor depressivo ou irritabilidade, ansiedade e angústia, desânimo, cansaço fácil, desinteresse, falta de motivação e apatia, sentimentos de medo, insegurança, desesperança, desespero, desamparo e vazio, pessimismo, ideias frequentes e desproporcionais de culpa, baixa autoestima e fracasso, insônia, aumento do sono, dores, entre outros sintomas físicos. "A gama de sintomas é grande e em cada pessoa se manifesta de uma maneira diferente. Têm pessoas que apresentam quase todos estes sintomas, enquanto outras apenas alguns", explica. Segundo Dr. Ronald Farah, além dos fatores externos, de ordem emocional, como a morte de um ente querido, doença, rompimento de um relacionamento ou a perda do emprego, ainda há a predisposição genética, onde o organismo para de produzir um de seus principais neurotransmissores, a serotonina. "Pessoas que têm a mãe ou o pai com depressão têm mais chances de vir a ter a doença ao longo da vida. Não é determinante, mas é preciso ficar atento a essa tendência familiar". Com relação à situação de luto, Farah explica que, se perdurar muito o tempo de tristeza pela morte de uma pessoa próxima, é necessário o uso de medicamentos, além de acompanhamento psicológico para não ocorrer agravamento do quadro. Ajuda A depressão incide três vezes mais nas mulheres do que nos homens. Mas há razões para isso. Há evidências de que fatores bioló- gicos, hormonais e psicossociais colaborem para essa desigualdade, bem como a capacidade reprodutiva, maior expectativa de vida e flutuações hormonais contribuam para essa maior probabilidade da doença no sexo feminino. Sobre esse fato, Dr. Ronald Farah afirma que isto também acontece porque a mulher ainda se permite ser frágil, procurando ajuda médica caso perceba que algo está errado, o que não ocorre com os homens, que sempre procuram demonstrar força. "Geralmente os homens têm muita dificuldade em admitir que estejam tristes ou até mesmo depressivos. Por causa disso, passam a esconder essa situação na bebida, no cigarro e na comida", comenta. Apesar dessa constatação, o médico explica que muitos homens chegam à clínica demonstrando preocupação por estarem com indícios de um quadro depressivo. É importante que a pessoa que passa por episódios demorados de tristeza profunda, muitas vezes sem motivo algum, procure a ajuda de um clínico geral ou um psicoterapeuta para verificar se está passando por uma depressão. Essa doença, que cresce a cada dia no mundo todo, pode se iniciar de maneira branda e com o tempo acometer de maneiras mais graves, levando a pessoa, em uma situação de desespero, a ter pensamentos suicidas e até mesmo a tentar ceifar a própria vida. Com a utilização de medicamentos antidepressivos e também da psicoterapia como tratamentos terapêuticos, o paciente tem grandes chances de voltar a ter uma vida normal. "Os tratamentos, principalmente psicoterápicos, ajudam a pessoa a reagir e a superar essa fase difícil. Os tratamentos não são rápidos. Duram pelo menos seis meses. É importante que a pessoa que passa por isso procure um médico ou um psicólogo para apurar os sintomas e a duração deles para um encaminhamento mais apropriado do tipo de tratamento", comenta Cláudia Lana. Buscar sempre atividades prazerosas, fazer atividades físicas, procurar bons motivos para sorrir já é um grande passo para fortalecer o corpo e ficar longe desse mal que torna as pessoas tão vulneráveis.

  • Leishmaniose: uma doença cruel e fatal

    Os donos de animais de estimação, principalmente cachorros, ficam receosos ao ouvir a palavra “leishmaniose”. É, de fato, uma doença cruel, que pode não só tirar a vida do animal, como também infectar a família. Ela é causada pelo parasita (protozoário) Leishmania sp., transmitido pela picada de flebótomos (insetos) contaminados. No Brasil o mosquito transmissor é conhecido por mosquito-palha ou birigui. Os cães são considerados o principal reservatório da doença no meio urbano. A evolução da doença pode ser crônica (lenta) ou aguda (rápida), de difícil diagnóstico. Mas é fatal, o que aumenta a preocupação, tanto que é considerada uma endemia prioritária pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Devido à falta de informação e prevenção, os focos da leishmaniose visceral canina têm se expandido no Brasil. A doença já foi encontrada em pelo menos 12 países da América Latina, sendo 90% dos casos no Brasil. A forma mais efetiva de prevenção é a proteção contra as picadas dos insetos, fazendo uso de repelentes de ação prolongada, uso de coleira impregnada com inseticida (a Scalibor é a mais conhecida), evitar tosas no período de aumento da densidade do mosquito (novembro a abril), evitar passeios com o cão no final da tarde e início da noite, colocar telas do tipo malha fina no canil e manter o abrigo deles sempre limpos, sem presença de fezes ou restos de alimentos. Há também as vacinas de prevenção. Casos na Pampulha “A região da Pampulha é endêmica e tem muitos casos de leishmaniose. Talvez por causa da Lagoa ou mesmo pela falta de combate e prevenção. É uma situação bem problemática. Poucas pessoas sabem que há maneiras simples de combate, como o uso de spray de citronela, por exemplo, que já ajuda muito. É preciso que haja consciência de que um animal de estimação requer gastos. Não se pode ter um cachorro só por ter. A leishmaniose tem tratamento, mas isso tem um custo. Não sou a favor da eutanásia. Muitas vezes o dono não quer pagar esse tratamento por achar que não haverá resultado. O exame deveria ser uma rotina. A vacina tem alta eficácia. São três doses. No intervalo de uma para a outra o cão ainda pode adquirir a doença, por isso é recomendável que ele use uma coleira repelente, que pode durar cerca de quatro meses”, avalia o veterinário das pet shops Pet Supplies e Brother Dog, Francisco Ângelo Andrade Pereira. Para o gerente de Controle de Zoonose da Regional Pampulha, Cristiano Fernandes, não há na região aumento de casos de leishmaniose, mas talvez as pet shops e veterinárias estejam diagnosticando mais casos. “Temos um trabalho que já é previsto para essas áreas. Trabalhamos baseados em dados epidemiológicos não só relacionados à ocorrência de casos em cães, mas também nos casos em humanos, que é uma das maiores preocupações. O Ministério da Saúde define alguns indicadores, e a partir deles estabelecemos as áreas prioritárias e de incidência mais elevadas de transmissão. A região do Jaraguá e suas abrangências são áreas mais vulneráveis, onde são desenvolvidas uma série de ações de medidas de controle, como levantamento do inquérito sorológico canino, exame laboratorial, diagnóstico da doença em cães, trabalho de borrifação de inseticida para controle de vetor nos imóveis localizados nas áreas críticas, além de orientarmos sobre as medidas de prevenção e controle de reservatórios do vetor, como as áreas ricas em matéria orgânica, sombreadas, úmidas, com deposição de matéria orgânica e restos de fezes de animais”, explica. O proprietário da Veterinária Pampulha, Geraldo Marciano da Silva, comentou que ainda há muitos casos, mas que estão diminuindo. “Isso vem acontecendo também pela diminuição do número de animais na região, mas principalmente porque as pessoas estão mais informadas, usando as coleiras recomendadas, vacinando contra a doença e limpando o espaço em que os animais ficam”, afirma. Cuide do seu animal e, consequentemente, estará cuidando também de sua família. Ao perceber sintomas procure imediatamente um posto de saúde ou hospital de sua referência para avaliação médica. A doença em humanos tem tratamento. No cão ainda não tem cura, nem um tratamento eficaz, mas é possível tratar em alguns casos. SINTOMAS MAIS FREQUENTES NOS CÃES Perda de apetite, e emagrecimento progressivo; Apatia; Febre irregular; Aumento do baço e fígado; Queda de pelos e ferimentos na pele que não cicatrizam; Com o tempo, podem ocorrer crescimento exagerado das unhas, diarreia e perda dos movimentos das patas traseiras. Somente exames complementares parasitológicos, sorológicos e moleculares podem comprovar o diagnóstico da doença. Aproximadamente 50% dos cães infectados não apresentam sintomas, dificultando o diagnóstico e o controle da doença.

  • Cuidados com a higiene ajudam a evitar a infecção urinária

    Quando uma atividade simples do nosso dia a dia como ir ao banheiro passa a ser dolorida, é importante ficar atento. Ardor ao urinar, irritabilidade e alterações no odor e aspecto da urina podem ser um sinal de infecção urinária. Ela pode ocorrer em qualquer parte do sistema urinário como rins, uretra e bexiga, sendo mais comum nas duas últimas. Mesmo sendo mais frequente entre as mulheres, a infecção urinária não escolhe idade, gênero nem raça. O professor da Faculdade de Medicina da UFMG, Marcelo de Sousa Tavares, conta que os fatores de risco dependem da faixa etária. “Nos dois primeiros anos, os principais problemas são relacionados a malformações do trato urinário. Em escolares, as disfunções do trato urinário inferior e litíase urinária. Em adolescentes, além dos cálculos urinários, o início de atividade sexual pode se relacionar com a infecção urinária.” Já na fase adulta, cada idade e sexo tem sua particularidade. “Em alguns casos, a vida sexual ativa das mulheres pode ser um fator de risco (mesmo não sendo uma doença sexualmente transmissível). Já nos homens, o aumento da próstata após os 50 anos aumenta a chance de desenvolver a infecção”, explica. A principal forma de prevenção é a alta ingestão de água e não “segurar” a urina, já que ela é importante para carregar impurezas e higienizar o canal urinário. Como as causas podem ser diversas, elas só podem ser confirmadas pelo médico, por meio de exames de imagem, caso a suspeita seja de cálculo a malformação, por exemplo. “Em homens com aumento da próstata o tratamento promove o esvaziamento da bexiga e a redução das infecções. Nos casos associados ao ato sexual, mulheres com infecção urinária devem procurar mudar hábitos como mudança do preservativo (alguns podem levar a reações alérgicas na mulher) e até mesmo a posição durante o ato sexual”, recomenda Marcelo. Ao sinal de qualquer sintoma, deve-se procurar o médico para o diagnóstico e início do tratamento. “As infecções urinárias podem se alastrar pelo corpo e resultar em infecção generalizada, que exige internação”, alerta o professor. Ele ainda afirma que a doença pode levar à lesão recorrente nos rins, levando à diminuição da função deles, agravando-se com o tempo. Por isso, fique atento e previna-se, pois a prevenção ainda é o melhor remédio. SINTOMAS MAIS COMUNS Ardência forte ao urinar; Forte necessidade de urinar, mesmo tendo acabado de voltar do banheiro; Urina escura; Urina acompanhada de sangue; Urina com cheiro muito forte; Dor pélvica; Dor no reto; Aumento da frequência de micções. PREVENÇÃO Beba muito líquido, especialmente água; Limpe-se após urinar para evitar que bactérias se acumulem no local e entrem no trato urinário; Urine após as relações sexuais para esvaziar a bexiga; Prefira os absorventes externos em vez de internos e troque de absorvente cada vez que for ao banheiro; Não use spray ou pó para a higiene feminina. Como regra geral, não utilize nenhum produto que contenha perfumes na área genital; Evite usar calças muito apertadas; Use calcinha e meia-calça de algodão e troque-as, pelo menos, uma vez por dia.

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