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Acne: Um vilão da adolescência e da vaidade


Quem nunca na adolescência tentou despistar uma espinha no rosto que cresceu justamente na semana anterior à festinha que queríamos ir? Ou já passou cremes, pomadas ou uma pasta qualquer, muitas delas mirabolantes, para acabar com o problema? A acne, muito presente na puberdade e na adolescência, de alguma forma fez parte da juventude de todos. Mas muitas vezes esse problema pontual pode ser crônico, afetando os melhores anos da vida e causando uma permanente baixa autoestima.

A acne caracteriza-se por áreas de pontos negros, pontos brancos, pústulas e pele oleosa, com possibilidade de aparecimento de cicatrizes posteriores. As consequências na aparência podem provocar ansiedade, diminuição da autoestima e até profunda depressão. Causada por elevado número de glândulas sebáceas, a acne afeta principalmente a pele do rosto, da parte superior do peito e das costas.

Durante a puberdade, em ambos os sexos, o aparecimento de cravos e espinhas deve-se muitas vezes ao aumento da quantidade de hormônios andrógenos, como a testosterona, que estimulam as glândulas da pele a produzirem mais óleo (sebo). A superprodução de sebo na pele e a concentração de células mortas nos folículos pilosos estão entre as causas da acne. Esses fatores resultam em obstrução, com acúmulo de bactérias e inflamação.

A questão etária é uma das principais dúvidas. “Na adolescência, a acne surge e tende a ser pior devido à questão hormonal. No entanto, existem vários casos em que a pessoa não apresenta os sintomas na adolescência e sim na fase adulta, sendo necessários outros tipos de tratamentos. A acne vulgar, que é a mais grave, pode surgir em qualquer época, mas atualmente existem diversos tipos de tratamentos eficazes para a melhora total das lesões”, relata a dermatologista da Rede Consultar, Nathália Lie.


DOENÇA MULTIFATORIAL

De acordo com Ediléia Bagatin, coordenadora do Departamento de Cosmiatria Dermatológica da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SDB), a acne é uma doença multifatorial, ou seja, não tem uma causa única. “Existem inúmeros tratamentos. Podem ser apenas com produtos tópicos, quando a doença é leve, e também há tratamento por via oral para casos mais graves”, pontua. Ediléia também destaca o aparecimento nas mulheres adultas acima de 25 anos, o que é um pouco distinto do aparecimento durante a puberdade. “Nesse caso, as lesões, em vez de predominarem no centro da face, do toráx e das costas, acometem mais a área inferior da face, perto da mandíbula e do pescoço. Para a mulher adulta, o tratamento funciona muito bem com o uso de hormônios, principalmente os antiandrogênicos, como as pílulas anticoncepcionais, e também produtos tópicos”, orienta a profissional. Estima-se que a acne afete cerca 90% dos adolescentes e 650 milhões de pessoas no mundo, segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) de 2010. Segundo especialistas, 80% dos casos têm origem genética − a alimentação, a higiene e a luz do sol como causas ainda não são claras.

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