Um mal muitas vezes não levado a sério é causador de infartos, derrames, entre outras doenças fatais. A hipertensão, a popular pressão alta, tem potencializado as doenças cardiovasculares no mundo moderno. De acordo com o Ministério da Saúde, cerca de 30 milhões de brasileiros têm hipertensão e outros 12 milhões não sabem que a possuem. BH está em 6º lugar com 25,1% de hipertensos do país, atrás de Porto Alegre, Salvador, Campo Grande, São Paulo e Rio de Janeiro, que lidera com 28%. Uma em cada três pessoas no mundo é hipertensa. Mais de 420 mil pessoas morrem por ano em consequência de AVC, e mais de 1,2 milhão por males cardiovasculares. A hereditariedade, a idade, a raça e o peso influenciam: quanto mais velho maior o risco; e filhos de hipertensos, pessoas negras e obesas tendem a desenvolver mais facilmente.
Quem sofre de hipertensão precisa estar sempre atento à saúde. A hipertensão é uma doença comum, mas perigosa porque o sangue flui através dos vasos sanguíneos e artérias em pressões mais elevadas do que o normal. A pressão arterial é a força do sangue contra as paredes das artérias, quando o coração bombeia sangue. A pressão arterial elevada acontece quando esta força é muito alta. A maioria das pessoas que tem esta condição não apresenta sinais ou sintomas de pressão alta, mesmo quando as leituras de pressão arterial estão em níveis perigosamente elevados.
A professora da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais e Coordenadora da Unidade de Nefrologia Pediátrica do Hospital das Clínicas, Ana Cristina Simões e Silva, destaca que a hipertensão arterial é de fato uma elevação crônica da pressão exercida pelo sangue nas artérias. “Podemos dividi-la em dois grupos: o primeiro é o mais comum por ser chamada hipertensão primária, que se associa à predisposição genética para a doença e a uma história de familiares com a doença; enquanto o segundo grupo é denominado hipertensão secundária, quando o aumento da pressão arterial se deve a alguma doença de base, que pode ser uma doença renal, endócrina, uma malformação vascular ou cardíaca. Neste caso, é muito importante detectar a doença que causa a hipertensão para fazer seu tratamento”, explica.
Prevenção
A professora lembra que uma alimentação saudável é importante no combate à hipertensão, sobretudo por evitar a ocorrência de obesidade, que é um importante fator predisponente da hipertensão. “Alguns hábitos de vida saudáveis podem diminuir a ocorrência da hipertensão arterial, tais como evitar a obesidade por meio de alimentação saudável e prática regular de exercícios físicos, evitar consumo excessivo de sal na dieta e evitar situações estressantes”, orienta Ana Cristina.
Se a hipertensão não possui sintomas, como identificar a doença? A melhor maneira é a prevenção, medindo a pressão constantemente. Alguns sintomas são: dor de cabeça, vômitos, falta de ar e vista borrada, mas isso é quando a doença já afeta o cérebro, o coração e os rins. Trata-se a hipertensão pelo resto da vida, pois não tem cura. O tratamento é o que pode impedir o desenvolvimento da doença. Controla-se a pressão com medicamentos que reduzem a resistência vascular periférica e promovem vasodilatação, e também com reeducação alimentar (diminuição do só- dio, doces, frituras, e bebidas alcoólicas), prática de exercício físico e, quando fumante, o abandono do cigarro.
Doença silenciosa
No Brasil, 20% da população e metade das pessoas acima dos 65 anos sofrem de hipertensão arterial. Embora menos prevalente do que nos adultos, a doença também pode manifestar-se na infância. A pressão alta é uma doença silenciosa e se for mal controlada predispõe a ocorrência de infarto agudo do miocárdio. Estima-se que, até 2025, o numero de hipertensos crescerá 80% no Brasil.
Prevenção contra hipertensão
Ter uma alimentação saudável;
Praticar atividade física regular;
Diminuir a ingestão de sal;
Não consumir álcool de forma exagerada;
Não fumar;
Controlar seu peso;
Consumir alimentos ricos em potássio.
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