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Sarampo põe saúde pública e escolas em alerta


Depois de levar à interdição de unidades hospitalares, o novo ciclo do Sarampo atinge também as escolas de BH e da região metropolitana, e chega a provocar a suspensão de atividades. Esse é o maior desafio enfrentado pela saúde pública no combate ao vírus, desde 1999. O fechamento temporário e a desinfecção de locais pelos quais transitam pacientes com sintomas foram medidas adotadas dezenas de vezes neste ano.

Segundo dados divulgados pela Secretaria de Estado de Saúde, só em 2019 foram confirmados em Minas Gerais 30 casos da doença, sendo que oito foram em Belo Horizonte. Esses dados posiciona a capital mineira entre as cidades do Estado com mais casos confirmados – já foram mais de 228 suspeitas, sendo que 41 foram descartados e 179 ainda estão sendo analisados.


Sintomas e transmissão

A transmissão do sarampo ocorre por meio de secreções expelidas ao tossir, espirrar, falar ou respirar. Quem apresentar sintomas como febre alta, conjuntivite, tosse e manchas vermelhas no corpo deve procurar imediatamente um serviço de saúde.

Caso se confirme a doença, o paciente deve seguir rigorosamente as orientações do médico e adotar os seguintes procedimentos para amenizar os sintomas: repousar e tomar bastante água, tomar os medicamentos indicados para alívio da febre e da dor, usar compressas frias e umidificar o ar.


Vacina e prevenção

A especialista em saúde pública Thais Carneiro explica que “o sarampo é uma doença prevenível por vacinação. Os critérios de indicação da vacina são revisados periodicamente pelo Ministério da Saúde e levam em conta a idade, o fato de ter sido acometido pela doença durante a vida, a ocorrência de surtos, além de outros aspectos epidemiológicos”.

Devido ao aumento de casos, todas as crianças de seis meses a menores de um ano de idade devem tomar a dose extra da vacina e a segunda dose deve ser tomada aos 15 meses de idade. Os adultos que tomaram apenas uma até os 29 anos devem completar o esquema vacinal com a segunda.

Segundo a mestre em saúde do adulto pela UFMG, Daniela Azevedo, “quem ainda não tomou qualquer dose ou perdeu o cartão deve tomar as duas doses, se tiver até 29 anos, e apenas uma caso tenha entre 30 e 49 anos de idade. Pessoas maiores de 49 anos e idosos não necessitam de vacina, exceto se forem profissionais de saúde”.

De acordo com informações do Ministério da Saúde, por ser produzida com o vírus do sarampo ainda vivo, a vacina é contraindicada durante a gestação, pois nesse período a imunidade da mulher tende a diminuir, o que deixa o seu sistema imunológico mais vulnerável. O recomendado é tomar todas as doses da vacina – tríplice ou tetra viral – antes de engravidar e manter a rotina prevista no Calendário Nacional de Vacinação atualizada para se proteger e proteger o bebê.

Cabe ao profissional de saúde aplicar a vacina adequada para cada pessoa, de acordo com a idade ou situação epidemiológica. Os tipos de vacinas são: dupla viral – protege do vírus do Sarampo e da Rubéola - pode ser utilizada para o bloqueio vacinal em situação de surto; tríplice viral – protege do vírus do Sarampo, da Caxumba e da Rubéola; tetra viral – protege contra Sarampo, Caxumba, Rubéola e Varicela (Catapora).


As vacinas são ofertadas em unidades públicas e privadas de vacinação. No SUS, elas são gratuitas e seguras, e estão disponíveis em postos de saúde de todo o estado de Minas Gerais. Confira os locais de vacinação na região da Pampulha no site prefeitura.pbh.gov.br/saúde.

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